sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ABRA O ARQUIVO DO BLOG 2010 e VEJA A PÁGINA COMPLETA ! ABRA O PERFIL E VEJA MEUS OUTROS BLOGS DE ARTE !

Gostaria de contar com um agente para representar meu trabalho, mas é preciso apreciar o cheiro do chumbo e do cádmio, para ser marchand nesta trajetória.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PORTO ALEGRE ! DOS JANTARES NA RUA DO ARVOREDO, DO MAIS BELO PÔR DE SOL ILUMINANDO AS MARGENS DO GASÔMETRO, e PINTURA A ÓLEO NA ALFÂNDEGA.




                     Uma viola rio abaixo. Um velho bluesman sentado á encruzilhada,ou um louco pintor moendo pigmentos no frio do norte a meio século. A arte que não se ensina, que não fazemos, mas que, pronta, nos sonha, nos voa,nos sangra feito ao narciso que se espelha em espinhos. Creio ser essa a virtuosa escolha. Aquela que, quanto mais difícil, quanto mais suicida, mais bela e sedutora se apresenta a quem busca deixar de ser mais um currículun para ser uma biografia. Certeza de estar-mos no centro de nossa história.

sábado, 8 de maio de 2010

Hungria !




Uma grande artista,interpretada com as raspas da paleta.

SELISTRE

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A conclusão transitória


Reprovaria quase que grosseiramente algum crítico que, por trivialidade característica de sua profissão,reduzisse meses de reflexão e trabalho á uma página de observações de cinco minutos. Críticos são necessários a si mesmos pois, geram aos seus dias vagos uma série interminável de variantes perspectivas direcionadas aos seus próprios egos.Arrebatados pela frase inicial, são tomados por tal vertigem acadêmica que temas irremediavelmente alheios lhes parecem loquazes preocupações diárias. Um acaso demasiado portentoso lhes provoca e desafia na calçada em frente,lhes afrouxa as pernas,justificando a inveja da não autoria,e balbuciam da janelinha simples de sua ridícula desproporção presunçosas citações, como se atinassem caminhar sós um quadra.
Papadefuntos das artes, eu os desafio a transmutar sua vastíssima bibliografia de pretenções em uma, única, obra útil !
No uso demasiado da lingua, as cobras atrofiaram mãos e pés.

SELISTRE

sexta-feira, 23 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

INGRID N. S.

A arte morre á francesa,geralmente após escrever seu epitáfio,pois não quer a interrompam apenas para carpir cafezinhos ou chá junto ao corpo ancorado no cais.
A máquina das agulhas postada sob a pedra tumular principia a esculpir guzanos famintos, que permanecerão secretos antes e depois da refeição. O agrimensor não lhe medirá em côvados nem lhe dará a oportunidade de formular seu último pedido. Raríssimos serão os minutos sem estrelas para repousar um pouco. Da arte sempre chegam propostas obcenas, porém tênues,de gerar o original equívoco filosófico discutível naquela obra única. Como se pudesse pendurar idéias em uma árvore em pleno limbo Nerdruniano. Mas tudo isso é possível. Como também é possível minha exposição direta e banal de idéias.A arte costuma valer-se de expressões rebuscadas e reelaboradas para expressar a tensão nervosa de renascer, renascer, renascer,sempre nos múltiplos sanatórios dos distintos mesencéfalos humanos.
Gosto muito do teu trabalho, Ingrid ! Gosto das máscaras mortuárias laterais aos textos, gosto do teu senso de composição e da linguagem direta de tuas fotos, mas principalmente gosto de perceber que trabalhas arte. Isso faz toda a diferença e te capacita a materializar tuas criações,indo além da arte conceitual e pisando o solo sagrado dos criadores que dominam o ofício do fazer com as mãos,como Marcelo Monteiro e poucos outros.
Bom trabalho !
SELISTRE

quinta-feira, 8 de abril de 2010

INSONDÁVEIS METÁFORAS


O homem está indo para a prisão.

SELISTRE

terça-feira, 23 de março de 2010

Noite


Um relâmpago de couro amarelo cruzou o céu violeta da senzala. Abriu caminho e misturou-se ao carmin da veia aberta.
Poderia ter sido um poético hai kai. Se não fosse um gesto vil. Da imagem e semelhança de outro ser cruel.
Misturei essas cruas cores sobre a tela e aprendi a pintar a pele do Brasil.
Selistre

sexta-feira, 19 de março de 2010

Insonia


Ruídos de cadeiras e aquarelas.Sempre arrebatadas de desespero. Quebram estrondosamente o silencio num relâmpago intencional para, após,estremecerem de orgulho.É necessário estar com pressa, para se sentir uma aquarela. Na escuridão o rumor das ondas é imenso. Examinar um fenômeno para,quando estiver só,não decifrá-lo. Semelhanças de gênero,mortificação de cortesias e um allegro ma non troppo sorriso posto junto ao chá.
Tratei de esquecer os áridos raciocínios para vir á tona e pintar sem o esfôrço mental que me assombrara. No entanto, as pessoas amontoadas na esquina da Caldas Junior para "ver" radio trazem um clima de noite agitada.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Reencarnação




Ser estrangeiro é sumamente singular. Não há tristeza nem esperança na terra que não é minha. Estava sóbrio como num encontro imaginário.Não se estabelece logicamente vinculações nem sobra uma possibilidade real de vertígem.Efetivamente, a possibilidade de encontrar-me com a Firenze de Leonardo me levava a rascunhar diálogos e vislumbrar silhuetas solitárias de outros dias , outros tempos. Fica a impressão de que alguem me precedeu em horas. Quando pisei as ruas de pedras vulcânicas e respirei o ar desse outro mundo meus olhos estavam quietos e escuros. Uma estranha intuição acendia a tocha na densidão, mas a naturalidade que me rodeava era recente. Vibrava no ambiente um trabalho inacabado e um significado profundo tomou de assalto a ampulheta. Melancolia. Me senti tão fiorentino quanto portoalegrense e um cortejo de certezas me acompanhou durante os cinquenta dias que experimentei essa fusão essencial. Uma comunhão para dizer adeus, tão tênue e cruelmente precisa na essencial comunicabilidade fugaz e bela da deusa arte. Grazie, bela Firenze !!!

Selistre

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010